quarta-feira, 27 de junho de 2007

O Fim

Estou escrevendo muito orgulhosamente, para dizer que encerramos o nosso tão sonhado documentário. Os últimos dias foram bem complicados e cheios de desencontros, mas finalmente o concluímos. Espero que tenha ficado do agrado da nossa orientadora professora Joana, a quem aproveito para agradecer e quem sabe num próximo trabalho possa nos dar a honra de participar do nosso blogue, mas semestre que vem oportunidades não faltaram.
Agradeço a nossa tão estimada Júlia, que foi nossa fonte de inspiração para a realização desse curta tão almejado.
Não podemos deixar de mencionar aqui a professora Mara Rúbia e o Robson (funcionário da FACAMP), que nos ajudou na edição desse trabalho, assim como o Wellington (funcionário da FACAMP), que nos ajudou com a trilha sonora.
Aos pais da Luísa que nos abriu as portas de sua casa para gravarmos o documentário, ao meu esposo Elias que nos ajudou com a ajustagem do equipamento, ao Rodrigo namorado da Luísa que nos emprestou a filmadora e ao nosso amigo de sala Henrique que nos ensinou a colocar a trilha no documentário. O nosso muito obrigada.

segunda-feira, 25 de junho de 2007

Alguns livros interessantes


ESPELHO PARTIDO




Silvio Da-Rin é um dos raros profissionais de cinema a unir talento técnico com brilho e rigor teórico. É o que constatamos em Espelho Partido, um percurso fascinante por filmes, teorias e diretores que marcaram a história do documentário na disputa em torno de um objeto muito especial: o real e sua representação. Para contar essa história, do cinema que duplica, rivaliza e constrói a própria realidade, Da-Rin recupera as origens de uma tradição eu tem como principais personagens o pioneiro francês Lumière, o americano Robert Flaherty e o propagandista inglês Grierson. E então, prossegue com as linhas de desafio e transformação dessa tradição: do demolidor Dziga Vertov às polêmicas em torno do cinema-verdade e do cinema direto, passando pelas novas tecnologias da captação de som e o extraordinário cinema de Jean Rouch. Espelho Partido revela ainda uma outra história do documentário no Brasil, uma linha igualmente apaixonante e seminal: o pioneiro Alberto Cavalcanti, o cinema experimental de Arthur Omar demolindo certezas com seus filmes-manifestos, o documentário paródico de Jorge Furtado seduzindo o espectador para nocauteá-lo, e o momento mais inventivo do documentário de Eduardo Coutinho. Não é todo dia eu se reinventa a história! E lendo este ensaio, o leitor descobrirá porque Espelho Partido, antes mesmo de sua publicação, tornou-se uma referência para os estudos do documentário no Brasil.

O CINEMA DO REAL


O cinema do real Maria Dora Mourão e Amir Labaki (orgs.) O É Tudo Verdade - Festival Internacional de Documentários já faz parte do circuito cultural de São Paulo e do Rio de Janeiro. O evento realiza um importante balanço das mais recentes discussões na área, algumas delas agora publicadas neste volume. A primeira parte do livro aborda a produção em câmera digital e agrupa conferências que partem de questões decorrentes do impacto desta nova tecnologia em confronto com a longa história do documentário. A questão é debatida por Brian Winston e Laurent Roth, tomando como parâmetro a produção européia e americana. A seguir, Russell Porter, Michael Rabiger e Andrés di Tella abordam a produção latino-americana. Entra em cena, então, o documentário brasileiro, com notáveis intervenções de João Moreira Salles, Eduardo Coutinho, Jorge Furtado, Ismail Xavier e Jean-Claude Bernardet, que constituem um dos pontos altos do livro. As diferentes abordagens convergem, no entanto, na afirmação de que quem quiser alcançar uma visão mais complexa da história recente do país, terá de passar, certamente, pelo documentário brasileiro. Fechando a primeira parte, Carlos Augusto Calil sublinha a conquista de uma fatia do mercado das salas de cinema e de um crescente interesse do público. A segunda parte distingue-se da primeira pelo acento marcadamente ensaístico. De um lado, Bill Nichols investiga as narrativas históricas criadas em torno do atentado terrorista de 11 de Setembro e Ana Amado analisa a obra documental de Michael Moore; ambos rondam o espectro da manipulação televisiva e ideológica da era Bush. De outro, Eduardo Escorel e Esther Hamburguer, cada um a seu modo, traçam um panorama desde o cinema novo até os documentários atuais. Seja revisitando a obra de Leon Hirszman ou debruçando-se sobre os filmes Notícias de uma guerra particular e Ônibus 174, ambos enveredam pelas "relações incestuosas" entre ficção e documentário.




CLARÕES DA TELA




A capacidade do cinema para atingir uma população espalhada pelo mundo inteiro, das grandes metrópoles às menores cidades, contribuiu para que seu debate se universalizasse num ritmo muito mais acelerado que a exegese de outras linguagens artísticas conhecera em períodos anteriores. Conjunturas políticas, como o segundo Pós-guerra e a Guerra Fria, reforçaram indiretamente a influência da cultura cinematográfica com forte presença da Igreja Católica e Partidos Comunistas, dentre outras instituições, na disputa pelo debate sobre aquele campo. O presente volume procura recuperar frutos desse trajeto da cultura cinematográfica, a partir de uma experiência local. Os escritos aqui reunidos abordam filmes muito significativos, de diferentes épocas e procedências, marcantes por diferentes motivos para a história do cinema. Todos os textos foram preparados por escritores que atuaram ou atuam em Natal, capital do Rio Grande do Norte, onde aquela cultura se manifestou e manifesta através da imprensa local, do cine-clubismo e de debates em outros espaços intelectuais e políticos. A riqueza dessa cultura local - que deve ter paralelos em muitas cidades brasileiras e em outros países - ainda é pouco conhecida fora da cidade, e até os cinéfilos natalenses mais jovens não leram o que foi escrito por seus companheiros de gerações anteriores. Clarões da Tela - O Cinema dentro de Nós nasceu como uma homenagem ao Cineclube Tirol - que atuou em Natal entre as décadas de 1960, 1970 e 1980 instalado durante muito tempo no Salão Paroquial da Igreja Santa Terezinha -, fortemente marcado pela presença de católicos e comunistas e que promoveu, durante quase duas décadas, as sessões do cinema de arte enraizadas nos debates de pioneiros locais dos anos de 1950 e que vieram a desdobrar-se em novas gerações de apreciadores potiguares de cinema. Os colaboradores pertencem a essas diferentes gerações que escreveram ou escrevem em Natal; do poeta e jornalista Berilo Wanderley, já falecido, aos mais recentes críticos, muitos deles ligados à universidade. Se a maioria elabora, aqui, textos de teor mais clássico, ensaístico ou jornalístico, dois dos colaboradores optaram pela linguagem literária (conto e poesia) e um deles se manifestou na forma de entrevista, o que apenas demonstra a pluralidade das apreensões e formas de expressão que o cinema mereceu e merece. Os filmes são apresentados em ordem cronológica, cobrindo o período de 1916 (Intolerância, de David D. Griffith) a 2002 (Fale com Ela, de Pedro Almodóvar). Um critério estabelecido para a organização do volume foi a abordagem de um só filme por diretor, mesmo naqueles casos em que um mesmo cineasta dirigiu várias obras-primas. Apesar do esforço de todos que participam deste trabalho, algumas ausências de excelentes diretores não puderam ser evitadas (Jean Vigo, William Wyler, Satyjiro Ray, István Szabó, Jacques Rivette, Jean-Marie Straub, Martin Scorsese, iranianos, chineses, argentinos e cubanos, dentre outros), pela dificuldade de acesso a cópias de seus filmes ou pela ausência de comentaristas que pudessem apreciá-los em tempo hábil. Além de homenagear o Cineclube Tirol, o livro quer também comemorar a vitalidade da cultura do cinema em todo o mundo, dialogando com aqueles que amam assistir a filmes e pensar sobre suas conquistas.



TEORIA E PRÁTICA DO ROTEIRO


Para muitos, escrever para cinema e televisão constitui um mistério total: como é que os roteiristas conseguem criar algo do nada? Pois este livro tem a chave do segredo: ele revela exatamente como funciona uma história e transforma os conceitos da roteirização em algo claro, útil e acessível. Os autores mostram que, se não há fórmulas mágicas, existem técnicas capazes de auxiliar o escritor novato - ou um ator, diretor, produtor e até mesmo um fã dedicado - a compreender todos os elementos que entram na elaboração de um script sugestivo e eficaz. Guia destinado a roteiristas de todos os níveis, Teoria e Prática do Roteiro faz uma rica e generosa introdução aos princípios estruturais do drama, permitindo assimilar os meios para se conseguir "uma boa história bem contada", que chegue com sucesso às telas do cinema e da televisão.

O Documentário

Estou postando o roteiro do nosso documentário que foi entregue a professora Joana.

INTRODUÇÃO.
Minha pesquisa começou na observação dos trejeitos e das manias do meu objeto a ser documentado: minha própria irmã. Mas não vendo com olhos de irmã, e sim com os de alguém que busca a essência dos sentimentos de alguém que vive de arte e para ela.
A idéia inicial era abrangente até demais: falar sobre música e a falta de incentivo que os bons músicos tem no Brasil.Essa idéia foi, porém, substituída pela idéia de falar de apenas uma pessoa, e escolhi alguém que sempre estudou e se interessou por música e que acaba de entrar para o curso de Regência e Composição da UNESP.
A intenção é a de fazer um filme “mudo”, no que se refere a diálogos e narrativas, e que tenha apenas músicas que falem por si sós.
Mas, como fazer isso dar certo? Esse será o maior desafio, haja a vista que uma imagem sem palavras precisa ser muito forte para transmitir um sentimento, sensação ou história. E é esse desafio ao qual estamos nos propondo.

“FONTES DE INSPIRAÇÃO E PESQUISA”: Pesquisando sites e artigos sobre documentários, pude perceber que não estava fugindo tanto assim da proposta do curso, descobri que documentários podem tender à ficção e utilizarem formas mais sutis para transmitir a idéia/fato ou história em questão, isso aliviou e deu maior segurança para dar continuidade ao projeto.
No site a seguir - http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=S0009-67252004000400026&script=sci_arttext – encontrei o seguinte texto:

“(...) Mais sedução. ‘O cineasta defende políticas de estímulo para que o público entre no cinema para conhecer a produção atual de documentários, o que inclui até a redução do preço do ingresso. Existe hoje uma produção mais instigante e sedutora’, diz. O próprio Goifman fez um documentário autobiográfico, o 33, onde trata da questão de adoção, ao registrar a busca por sua mãe biológica. O filme se estrutura de forma parecida com a ficção, como aponta o crítico e professor de cinema Jean-Claude Bernardet.
‘ O bom documentário tende à ficção; a boa ficção tende ao documentário [1]’, nas palavras do cineasta francês Jean-Luc Godard ao se referir ao cinema de seu compatriota, Jean Rouch[2], que morreu no início deste ano. Rouch transcende o terreno do documentário, misturando procedimentos e influências da ficção no desenvolvimento de seus filmes. Em Eu, um negro (Moi, un noir), de 1958, os personagens, reais, ‘fazem de conta’ que são atores conhecidos do cinema americano, ficcionalizando a si próprios. ‘Os filmes de Rouch são, de certa forma, ficcionais’, avalia Bernardet.
‘O documentário não tem que informar, educar, não é jornalismo; mostra maneiras de se ver o mundo’, pondera o cineasta Eduardo Coutinho de Cabra marcado para morrer e Edifício Master. Goifman entende o abandono do didatismo como um dos fatores para esse bom momento do cinema não-ficcional. O diretor empresta seu olhar mas não reproduz a realidade em si, diz Goifman citando o filme Prisioneiro da grade de ferro, de Paulo Sacramento, sobre o presídio Carandiru, mas sem pretender desvendar a totalidade dos fatos.’

Pesquisas sobre como fazer um filme e sobre música ainda estão em andamento, escolhemos alguns livros dos quais ainda estamos extraindo materiais, são eles: Os Filmes de Minha Vida - François Truffaut, De sons e Signo-(diversos autores), Dicionário de Cineastas Brasileiros-Luiz F.A. Miranda, 101 Dicas Essenciais Vídeo-Roland Lewis, Música Impopular-Julio Medaglia.
A técnica e desenvolvimento do roteiro e do documentário em si foram pesquisados em diversas fontes, como:
http://www.rc.unesp.br/igce/planejamento/nuppag1/Escrevendo%20um%20documentario.pdf
Mas apenas para termos uma noção mais didática de documentários, por que acreditamos que nossa proposta não se encaixa em formas muito rígidas de roteiro e filmagem.

ROTEIRO:

O documentário acompanhara um dia, mas não de forma linear, de uma menina que “vê” música em tudo.Da sua parceria silenciosa com o avô que, assim como ela, também toca piano e do diálogo musical que se estabelece entre os dois.
A faculdade de música e a cidade de São Paulo serão palco para o desenrolar da trama.
A música faz com que a personagem veja todo o caos e as tristezas da cidade e dos ambientes pelos quais passa de forma mais otimista e lúdica, por onde passa músicas tocam e a cena fica colorida.
No fim fica a dúvida: é ou não real o mundo no qual vivem os artistas?
A poesia das músicas falará por si sobre quem vive de arte, através de um caleidoscópio de quem observa tudo com a leveza característica dos artistas por vocação, os raros e não reconhecidos artistas por natureza.



TRILHA SONORA:

Algumas múicas já estão escolhidas, algumas de Yann Tiersen, de Lou Reed, de Tchaikovski, de Chopin, temas do Cirque du Soleil entre outros.



[1] Uma boa justificativa para minha idéia, encontrada nas palavras de Godard.
[2] Nós assistimos a um documentário dele na aula, se não me engano.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Oi Pessoal

Lu já terminei de postar o final do roteiro, editei no seu poste mesmo, ai fica na sequência.
Graças a Deus hoje já começamos a editar, já marcamos novamente o estúdio para segunda e terça, temos que correr.
Hoje estavamos (eu e a Lú) discutindo o nome do documentário na ilha de edição...ai a Lú teve a idéia de fazer uma enquete no Blogue, bom já quero colaborar.
Olha o nome do documentário poderia ser Música da Casa o que vocês acham?
Júlia sua sugestão é importante coloque os nomes que você gostaria que fosse, afinal você é nossa colaboradora preferida.

Beijos a todas

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Roteiro minutado ( decupagem)

Bom, até hoje eu não tinha postado isso!
Um absurdo!
Mas aqui está:

0:00:25 a 0:00:28 Instituto de Artes Unesp São Paulo(entrada)
0:00:34 a 0:00:42 Julia entrando no IA
0:00:45 a 0:01:31 Fim tema (I.A.)
0:01:56 a 0:02:01 Pianos de calda do I.A.
0:02:12 a 0:02:29 Julia e o piano de calda
0:03:35 a 0:03:39 órgão
0:04:12 a 0:04:37 Pedais do órgão
0:07:45 a 0:07:55 Piano de calda preto
0:09:35 a 0:09:45 Capa do piano
0:10:30 a 0:10:37 Cordas do piano
0:12:24 a 0:12:33 Dedo (mindinho torto)
0:14:22 a 0:14:33 Piano de costas e cordas
0:18:00 a 0:18:04 Abrindo partitura
0:18:28 a 0:18:36 Piano de calda
0:32:29 a 0:32:21 Cortar fala Luísa
0:32:09 a 0:32:45 Júlia acorda
0:33:02 a0:33:48 Aquecimento
0:34:35 a 0:35:23 Fotos da Júlia
0:35:30 a 0:36:00 Ensaios
0:36:48 a 0:38:25 Quarto a noite
0:38:31 a 0:39:45 Dança da casa
0:40:05 a 0:40:40 Foto fa Júlia no quadro
0:42:15 a 0:42:44 Treinamento
0:44:20 a 0:44:33 Janela do quarto
0:44:48 a 0:45:04 O tempo não pára
0:45:54 a 0:46:00 Entra em casa
0:46:11 a 0:46:21 Assobio


(amanhã posto o que falta, meu remédio bateu forte agora...Tô quase desmaiando)

até amanhã na Ilha!=)

terça-feira, 19 de junho de 2007

Musique!

Olá garotas...
Adorei a idéia de um blog...
Bom, começo agradecendo vocês...ta sendo legal acompanhar o processo do documentário. (Admito, sou um pouco 'cinegrafista wanabe' heheh)
Bom, umas musicas e ouvi e achei que pode ter a ver, são:
- Preludio (bachianas brasileiras), Heitor Villa-Lobos ...o numero nao sei, mas enviei o audio pra Lu.
- Beatles, Across The Universe. (acho linda, e tem uma frase que diz 'nothing is gonna change my world', achei q combina. heheh)
- Villa Lobos - teresinha de Jesus (mto boa, versao pra piano)
- Pink Floyd - Julia Dream
- Tchaikowski, qualquer coisa! tudo dele é otimo...heheh
mas principalmente a trilha de Nutcracker e Ouverture 1812
- O que eu compus! (tenho umas 5 musicas minhas, garotas, mas nao sei se se enquadram...)
bom é isso, deem uma pensada...
Depois escrevo mais.
beijos!

Quase lá...

Puxa...vou assistir hoje mesmo o programa!Deve ser muito bom!!
Eu nao consegui mesmo filmar mais, estou com bursite e passei o fim de semana todo com tipóia!!
Ainda bem que temos lindas imagens e muito boa vontade, apesar dos contratempos!
Entao já mandei o e-mail para a professora Joana, esta mesmo marcado para quinta!!
Depois que eu fizer minha prova substitutiva de portugues a gente vai pra Ilha e fica ilhada até adiantar bem ou acabar!hehehe
A Julia vai pra Manaus, preciso explora-la bastante antes de ela ir!(=
Entao é isso, vamos trabalhando...
E esse programa e o curso de cinema que a perfeitura de Pualinia vai oferecer me animam.Quero fazer muitos outros filmes, com mais tempo, dedicaçao e idéias mais amadurecidas!!!
Tenho ouvido muita música, é difícil escolher...Tantas lindas!
Até quinta na Ilha entao...